sábado, 5 de junho de 2010

Vernissage do artista Sanagê Cardoso - 12/5/2010

O LADO QUADRADO DE BRASÍLIA
O escultor Sanagê Cardoso apresenta a exposição “O Lado Quadrado de Brasília”, de 13 de maio a 13 de junho, no Átrio dos Vitrais, andar térreo do edifício-sede da Caixa Econômica Federal na capital. A mostra é composta de 18 esculturas em metal de aço carbono, pintadas de vermelho, em quatro variações tonais, em pintura eletrostática. A abertura para imprensa e convidados acontece na quarta-feira (12), a partir das 19h.
As esculturas de Sanagê, que têm tamanho que varia de 50 cm a 350 cm, seguem conceito de Franz Weissmann e Amílcar de Castro, além de remeter à obra de Alexander Calder. Seus títulos são alusivos a termos usados em Brasília, mostram de forma audaciosa a alegoria da cidade sem o compromisso de uma leitura fiel e propõem um exercício em que cada pessoa descubra a vinculação da obra com o título: 2 Candangos, Asa, Balão, Bloco, Cerrado, Cobogo, D. Bosco, Eixão, Entorno, Ermida, Jardim Botânico, Pilotis, Quadra, Satélite, Setor, Superquadra, Tesourinha e Torre.

“O Lado Quadrado de Brasília” é uma metáfora, uma licença poética para ilustrar uma produção artística. Ao conceber as obras homenageando Brasília, o artista estabeleceu um ritual na criação, destacando detalhes da arquitetura, do dia-a-dia: o simples, o imponderável, o não visto ao lado. Propôs o desafio de localizar os elementos de criação com o óbvio, conduzindo o observador à descoberta.

Sanagê busca valorizar a simetria instigante e propor uma releitura da cidade, numa visão alternativa das singularidades que apresentam seus lados. Esta exposição tem a pretensão de homenagear a temática do óbvio, quebrando paradigmas, ao reduzir o seu quadrado ao lado mais sutil, abandonando os excessos.

“O Lado Quadrado de Brasília” estabelece um princípio estético em que há de prevalecer o desdobramento da obra. Um projeto que provoca a leitura poética desapegada dos conceitos evidentes para uma releitura estrutural.

A obra de Sanagê

“A obra de Sanagê se impõe sobretudo pelo confronto consciente com o material que trabalha, aço carbono e inox, e pela pureza dos meios utilizados, não de efeitos rebuscados, mas com um saber artístico determinado que dá vida e energia à forma e volume, revelando ritmo e comoção da época que vivemos, esta idade de culminâncias e incertezas.

Diante da linguagem plástica coerente do artista, suas esculturas tanto registram os processos de realidade presenciais, quanto integram de forma livre e criativa os padrões e modelos virtuais da realidade sobre seu trabalho e sua atividade como artista residente de Brasília. O trabalho do escultor Sanagê é o resultado da técnica somada à inspiração com muita fluidez, flexibilidade e circularidade, apresentando a obra de arte como gênese e não como produto acabado, como abertura e não como fechamento, de total liberdade de espírito na criação.”

Mali Frota Villas-Bôas

Historiadora e Crítica de Arte

Em 1978, Sanagê tinha a certeza de que seria fotógrafo. Para isso fez todos os investimentos necessários ao desenvolvimento da profissão e ao reconhecimento do seu trabalho. Obteve uma experiência singular, com participações em exposições individuais e coletivas e oportunidades de trabalhos para agências de propaganda, revistas e editoriais fotográficos.

Em 1994, resolveu trilhar novos caminhos. Motivado por fatos e razões, aparentemente desconexas, montou uma pequena metalúrgica. Esse empreendimento tornou-se um divisor de águas na história do artista.

A partir de 2004, dedicou-se à criação de esculturas em aço carbono e inox com influências marcantes de Amilcar de Castro, Franz Weissmann e Alexander Calder. Busca, desde então, como característica, deixar a forma interagir com o universo. O pressuposto é de que as esculturas não tenham uma lógica previamente estabelecida. Trabalha o equilíbrio do imponderável e a falta de compromisso rígido com a posição espacial.

Assim, o artista espera que suas obras provoquem o toque, como se pedissem para serem mudadas de lado, alteradas em suas essências. "Quero que as pessoas fiquem tentadas ao “e se...?””, resume ele.

Programação
Local
TEATRO DA CAIXA
SBS quadra 4 lotes 3/4 anexo 340
Asa Sul

Cajazeiras (PB) - parede do açude



Cajazeiras (PB) - Num buteco


Cajazeiras (PB) - Igreja Matriz N. S. da Piedade


Cajazeiras (PB) - Praça João Pessoa